Uma manobra conhecida no meio policial como “boi de piranha” mobilizou a PM de Brusque na noite desta sexta-feira (28). Uma mulher ligou para o Copom (190) denunciando que dois homens vestidos com roupas da “Polícia Federal” estariam mantendo pessoas seqüestradas em uma sala do prédio Beira Rio Center. Desconfiado com a tranqüilidade da mulher que dizia ter se livrado dos bandidos, o soldado Magnus, que coordena o Copom, orientou as guarnições para que permanecessem em alerta, pois a bandidagem poderia estar preparando algo maior.

Enquanto viaturas se dirigiam ao local para averiguar a informação, outros policiais se mantinham alertas em diferentes pontos da cidade. Neste momento, na rua Pedro Werner, o motorista Flávio Ogliari (42) deixava o Centro de Formação de Condutores Nilson, onde participava de um curso para renovar a CNH.

Ao entrar no Clio de cor preta placas AAY-5351 (Brusque) e pôr a chave na ignição, Flávio foi surpreendido por um bandido que estava deitado no banco traseiro do automóvel. O marginal encostou uma arma na cabeça de Flávio e exigiu que ele saísse o carro, que não tem alarme.

Na frente do Clio estava uma moto com o motor ligado e cujo piloto estava de capacete. A “escolta” e o veículo roubado fugiram em sentido ao bairro Maluche, tomando rumo ignorado. Enquanto isso, no Beira Rio Center os policiais nada encontraram.

O soldado Magnus ligou de volta para o número da tal mulher, que também havia se comunicado com a Polícia Civil. Segundo o PM, ela estaria em um bar, onde ao fundo foi possível ouvir mais vozes e música tocando.

Ao perceber que a ligação recebida era a manobra “boi de piranha”, o alerta foi passado ás demais guarnições. Diversas barreiras foram montadas pela PM, mas ninguém foi encontrado.